sexta-feira, 27 de abril de 2012

vale do aço / VALE







Após resultados, Morgan Stanley e Barclays reduzem preço-alvo de ADRs da Vale
SÃO PAULO - Após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre  da Vale (VALE3, VALE5), em que a companhia reportou uma queda de 40,6% no lucro líquido em relação ao ano anterior, o Morgan Stanley e o Barclays reduziram os preços dos ADRs da companhia.
Os analistas do Barclays Leonardo Correa, Pedro Grimaldi e Luiz Fornari diminuíram o preço-alvo dos ADRs (American Depositary Receipts) de US$ 34,00 para US$ 31,00 - uma queda de 9% -, devido às expectativas de redução dos resultados operacionais da companhia no curto prazo.
Entretanto, a companhia seguiu com a recomendação overweight (desempenho acima da média do mercado) para os papéis da companhia. Já o Morgan Stanley reduziu o preço-alvo dos ADRs para US$ 28,40, mas segue também com a recomendação overweight. 
Ebitda mais fraco em 2012 e 2013
Em meio aos fracos resultados observados no período, ao baixo preço de minério de ferro e às pressões de custo, os analistas do banco inglês reduziram também as estimativas para o Ebitda (geração operacional de caixa) de 2012-2013 para US$ 26,9 bilhões - uma queda de 18% - e para US$ 28,2 bilhões, representando uma queda de 3%.
Os analistas do Morgan Stanley, Carlos de Alba, Bruno Montanari e Alfonso Salazar, por sua vez, reduziram as estimativas do Ebitda em 5% para o mesmo período, de modo a refletir a realização dos preços de minério de ferro a níveis mais baixos, após observarem os preços obtidos no primeiro trimestre. 
Além disso, os analistas do Barclays, que antes mostravam otimismo com as realizações do preço do minério de ferro, revisaram o modelo de modo a refletir a alta do frete e os preços mais baixos devido a menor qualidade dos produtos. Correa, Grimaldi e Fornari avaliam, contudo, que se o preço do minério - que está em torno de US$ 150 por tonelada nos meses recentes - se mantiver, o preço de realização do minério pode voltar aos níveis de US$ 120,00 por tonelada. Esse valor é 10% maior do que o obtido no primeiro trimestre.
Correa, Grimaldi e Fornari também avaliam que os programas de estímulo à economia real feitas pelo governo chinês aos fabricantes do país podem ser positivos para a companhia. Isso porque aumentam a disposição deles a pagar pelos minérios exportados pela mineradora.
Fatores para recuperação
Segundo o Barclays, dentre os fatores positivos está o fato de não haver obrigações tributárias, além da licença ambiental concedida no meio do ano em Serra Sul. Entretanto, os analistas permanecem céticos sobre o crescimento da exploração de ferro em Simandou e para o aumento de volume de produção da companhia. Os analistas, contudo, continuam otimistas sobre a sustentabilidade da produção de minério de ferro. 
Já os analistas do Morgan Stanley destacam o projeto de cobre em Salobo, que deve iniciar o ramp-up (tendência de avanço da produção antecipando alta do consumo) no segundo trimestre. "É uma chance de recuperar o volume de exportações de níquel, que decepcionou as estimativas do banco no período", escrevem em relatório.

vale do aço / CENIBRA / USIMINAS / ACELORMITTAL / GASMIG



Gasmig avança plano de interiorização

Os primeiros caminhões com gás natural para abastecer empresas no interior de Minas Gerais devem começar a rodar no início do segundo semestre. O combustível será fornecido pela Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) que hoje atende a apenas cerca de 30 cidades do Estado por meio de sua rede de gasodutos.

O plano da empresa é que até 2014 pelo menos outras 30 cidades passem a contar com o fornecimento de gás. Nenhuma delas terá gasoduto na porta de seus consumidores. O gás será transportado, compactado ou liquefeito, em caminhões-tanque.

A iniciativa faz parte do esforço da Gasmig de ampliar a base de clientes. Além da interiorização, a empresa faz campanha para convencer os mineiros a converterem seus carros para usar gás natural veicular (GNV). E,com atraso, vai passar a vender gás encanado para residências. É a última das grandes empresas de gás do país ainda sem gás residencial.

Hoje, mais 90% dos consumidores do combustível são clientes industriais. No ano passado, ela conseguiu evitar dos efeitos da desaceleração do setor manufatureiro que afeta Minas e todo o Brasil por causa da entrada em operação de um gasoduto que passou a abastecer o Vale do Aço, onde empresas como ArcelorMittal, Usiminas e Cenibra. Com isso, a Gasmig aumentou em 52% do volume vendido (batendo o recorde de 1 bilhão de metros cúbicos por ano) em 2011 e aumentou em 31% do faturamento (batendo também a marca do R$ 1 bilhão). Este ano, sem nenhum outro novo sendo inaugurado, a previsão é que o faturamento cresça entre 5% a 6%.

Os clientes da Gasmig estão concentrados na região do Vale do Aço (que já representa 41% do gás vendido por ela) e na região metropolitana de Belo Horizonte (45%). "O projeto de levar o gás para outras cidades é importante para que possamos abrir novas fronteiras e atender a esse mercado no interior de Minas Gerais que ainda não tem a opção do gás", diz Noman, que está há pouco mais de um ano no comando da Gasmig. Antes, foi por duas vezes secretário de governo durante os mandatos de Aécio Neves.

A Gasmig é uma sociedade anônima controlada direta e indiretamente pelo Estado de Minas: a estatal de energia Cemig detém 55,2% das ações; a Petrobras Gás (Gaspetro); 40%, o Estado de Minas; 4,38%; e o município de Belo Horizonte, 0,43%.

Todo o gás vem do Rio de Janeiro. A Cemig é uma das empresas que faz prospecções em busca de gás no vale do Rio São Francisco.

Noman diz que já tem estimativas sobre o tamanho da demanda não atendida por gás no Estado. "Mapeamos o mercado de indústrias que querem gás. Eu já tenho hoje mapeado quase 1 milhão de metros cúbicos por dia de demanda não atendida", disse Noman. É quase um terço do que a Gasmig pretende comercializar este ano: 3,4 milhões de metros cúbicos por dia, ante os 2,9 milhões de metros cúbicos do ano passado.

As primeiras cidades a receberem gás natural por caminhão prometido para o segundo semestre são Ipatinga e Governador Valadares e em seguida Pouso Alegre, segundo Noman. Em Montes Claros,cidade mais norte de Minas que tem atraído investimentos e novas fábricas, o combustível, segundo o executivo, deve chegar no fim do ano ou no início de 2013.

"Vamos abastecer essas primeiras quatro cidades primeiramente com gás comprimido (GNC) ou com gás liquefeito (GNL) comprado de Paulínia (SP)", informou Noman. "Depende de quem ganhar a concorrência que já está aberta. Estou contratando uma empresa para comprimir, transportar e me entregar o gás lá para que eu o coloque na rede."

Segundo o executivo, transportar gás por caminhão poderá ser uma fórmula temporária no processo de interiorização. "Depois que essa demanda [no interior] for toda testada, quando tiver postos com GNV, residências consumindo, esse mercado começa a crescer e aí viabiliza um gasoduto."

Mas antes disso, há questões ainda em aberto. Onde a Gasmig descomprimirá o GNC ou onde regaseificará uma eventual carga de GNL? Noman não dá detalhes. Diz apenas que esses não são processos complexos, que a empresa está em fase de obter licenças para futuras instalações. Diz também que o modelo a ser implementado ainda será apresentado aos acionistas. Noman afirmou ainda que não tem claro quanto custará a empresa o transporte de gás para o interior nessa primeira fase. Os R$ 100 milhões reservados para investimento este ano cobrirão obras com gás de rua em Belo Horizonte e com pequenos ramais dos 800 km de gasoduto da empresa.

ipatinga / USIMINAS





Usiminas terá minoritário em seu conselho

O empresário Lírio Parisotto foi eleito para o conselho de administração da Usiminas. Parisotto, um dos principais investidores individuais do mercado brasileiro, detém 5% das ações preferenciais (sem direito a voto) da siderúrgica, por meio de um fundo da corretora Geração Futuro.

Em assembleia ordinária realizada ontem, o fundo do empresário se uniu a outros minoritários para conseguir a participação mínima necessária para eleger membros para o conselho de administração.

Além de Parisotto, há somente um membro no conselho de Usiminas que não faz parte do bloco de controle: Aloísio Macário de Souza, indicado pela Previ, teve seu mandato renovado por mais dois anos na reunião de ontem. A Previ detém 10,5% das ações ordinárias (com direito a voto) da Usiminas.

Atualmente, o bloco de controle da siderúrgica mineira é formado pelo grupo Nippon, pela Ternium e pela caixa de empregados da empresa, que juntos detêm 63,9% das ações.

Na assembleia realizada ontem, como já era esperado, Paulo Penido, nomeado para o conselho no começo do mês, foi eleito presidente do órgão.

A indicação de Penido foi bem recebida pelo mercado, já que o executivo, que trabalhou como diretor financeiro da Usiminas entre 2000 e 2009, exerceu o mesmo cargo na CSN entre 2009 e 2011 e, portanto, conhece detalhes estratégicos da proposta que a CSN estava formulando para adquirir a Usiminas.

A CSN vinha comprando ações ordinárias (com direito a voto) da Usiminas em bolsa e atualmente detém 12% dos papéis votantes e 20% dos preferenciais (sem direito a voto). Com essa posição acionária, a companhia poderia, pela Lei das S.A., indicar um membro para o conselho de administração da concorrente.

Na semana passada, contudo, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) determinou que a CSN não só não poderá eleger membros para o conselho, como também a proibiu de adquirir mais ações da Usiminas.

ipatinga / USIMINAS / CSN




Cade liquida pretensões da CSN na Usiminas Volta Redonda
As pretensões que a CSN possa ter tido de ter alguma participação na administração da Usiminas foram sepultadas pelo Conselho Administrativo de Defesa da Economia (Cade), do Ministério da Justiça. O órgão tomou uma série de medidas que reduzem a participação acionária da Companhia na concorrente a um simples investimento financeiro. A informação foi dada à Bolsa de valores de São Paulo (Bovespa) pela própria CSN.
A CSN detém 11,6% das ações ordinárias e 20,1% das ações preferenciais da Usiminas. Na apresentação feita pela Usiminas para anunciar o negócio, a participação da Companhia Siderúrgica Nacional nas ações ordinárias da empresa foi representada dentro do bloco "free float", que representa ações que podem ser vendidas e compradas livremente em bolsa.
A siderúrgica baseada em Volta Redonda foi proibida de ampliar, a qualquer título, sua participação na produtora de aços planos de Ipatinga. Além disso, a Companhia não poderá usar os direitos que tem, como acionista, convocar ou votar em assembleias, indicar membros dos conselhos de Administração ou Fiscal da Usiminas, ter acesso a informações estratégicas da concorrente ou influir de qualquer forma na condução dos negócios da siderúrgica mineira.
As investidas da CSN sobre a Usiminas - a Companhia anunciou quatro vezes, durante o ano passado, aumentos de participação no capital da concorrente - já tinham sofrido um sério golpe no fim de novembro de 2011, quando a Ternium,de capital argentino, anunciou a compra de 26% das ações ordinárias da Usiminas. Os papéis pertenciam aos grupos Votorantim e Camargo Corrêa.
A Ternium também comprou parte da fatia da Caixa dos Empregados Usiminas, fundo de pensão dos funcionários, na empresa. Com isso, a siderúrgica controlada pelo grupo argentino Techint passou a deter 27,7% do capital votante da Usiminas e a compor o bloco de controle da siderúrgica mineira, ao lado do grupo japonês Nippon Steel.
O anúncio pôs fim a uma longa negociação envolvendo as participações de Camargo Corrêa e Votorantim na Usiminas. Interessadas em sair do negócio, Camargo Corrêa e Votorantim chegaram a negociar a venda de suas ações na siderúrgica mineira com a CSN, segundo rumores de mercado - a empresa não confirmou oficialmente que teria apresentado a oferta.
O acordo esbarrou na oposição da Nippon Steel, maior acionista individual da Usiminas, ao negócio.
Diante do fracasso nas negociações, a CSN adotou uma nova estratégia: elevar a participação acionária na Usiminas, por meio da compra de papéis da empresa na Bolsa de Valores.

Gigante

A operação que o Cade proibiu faria surgir uma das maiores empresas de siderurgia do mundo, mas também criaria uma grande concentração no mercado siderúrgico brasileiro.
As capacidades de produção das duas empresas, somadas, chegariam a 15,1 milhões de toneladas de aço por ano, sem considerar processos de expansão, como a unidade de aços longos que está sendo construída em Volta Redonda.
Esse volume corresponde a quase a metade da produção total do Brasil em 2010, que foi de pouco mais de 32 milhões de toneladas, segundo o Instituto Aço Brasil.
As duas empresas juntas teriam, apenas no Brasil, cerca de 20% da capacidade que a maior siderúrgica do mundo, a Arcelor Mittal , tem em diversas unidades espalhadas pelo mundo.

Veja a íntegra das determinações do Cade

"a) A CSN e as sociedades do grupo deverão abster-se de indicar, direta ou indiretamente quaisquer membros para o Conselho de Administração, Conselho Fiscal e demais órgãos de gestão e fiscalização da Usiminas;
b) A CSN e as sociedades do seu grupo deverão abster-se de acessar, ou de implementar quaisquer medidas com o intuito de ou que possam facultar-lhes acesso a informações estratégicas ou que possam ter impactos na dinâmica de concorrência, tais como, mas não se limitando a, critérios de precificação, planos de investimento, associações empresariais de qualquer espécie e relacionamento com clientes, salvo na medida em que tais informações tenham sido veiculadas de forma legítima para o mercado de capitais; e
c) A CSN e as sociedades do seu grupo deverão abster-se de exercer quaisquer direitos decorrentes de sua participação acionária na Usiminas, principalmente os direitos políticos de convocação e voto em Assembleia Geral, ressalvado o exercício de direitos meramente financeiros, como a participação nos dividendos da companhia.
Como decorrência lógica da necessidade de assegurar a reversibilidade da operação, fica, ainda, vedado à CSN e às demais empresas do seu grupo societário, adquirir, alugar, emprestar ou de qualquer forma assumir a titularidade, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de fundos independentes de investimento, de quaisquer novas ações e demais valores mobiliários de emissão da Usiminas, bem como de opções e derivativos relacionados a tais valores mobiliários, independentemente da respectiva classe, série ou dos direitos que confiram.
Da mesma forma, fica vedado à CSN converter ações preferenciais, de emissão da Usiminas, de que já seja titular, em ações ordinárias."

fonte: http://diariodovale.uol.com.br

ipatinga / USIMINAS







Cade não vê vazamento na Usiminas

O presidente interino do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Olavo Chinaglia, acha "improvável" que informações sigilosas sobre as estratégias de mercado da Usiminas tenham vazado para a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). As empresas concorrem no mercado de aços planos, insumo utilizado nas indústrias naval, automobilística e de eletrodomésticos. O Cade teme que a CSN tenha acesso a informações relevantes da Usiminas, caso consiga assento no conselho.

"A menos que tenha havido algum tipo de comunicação ilícita entre as empresas", contrapõe o presidente do Cade, que ontem participou da Conferência Anual da Rede Internacional da Concorrência (ICN, na sigla em inglês), na Zona Sul do Rio.

Entre 2010 e 2011, a CSN adquiriu 11,97% das ações ordinárias e 20,14% das preferenciais da Usiminas, ativos que equivalem a cerca de R$ 1,2 bilhão em valores atuais. Mesmo acionista da empresa mineira, a CSN ainda não participava do Conselho de Administração da Usiminas. Por isso, avalia Chinaglia, a CSN não poderia ter obtido informações privilegiadas sobre a Usiminas.

A compra das ações da Usiminas pela CSN está sob análise da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), órgão subordinado ao Ministério da Fazenda. O Cade aguarda o parecer final da Seae para se pronunciar. Na semana passada, o conselho, que é ligado ao Ministério da Justiça, expediu medida, proibindo a CSN de indicar membros aos conselhos de administração e fiscal da Usiminas.

Mesmo que a Seae não constate irregularidades na compra de parte da Usiminas pela CSN e dê parecer favorável ao negócio, juridicamente, o Cade pode assumir posição diferente, desde que se constate concentração de mercado entre as duas empresas.

Nesse caso, diz o presidente do Cade, possivelmente, as ações da Usiminas compradas pela CSN voltariam ao mercado secundário de ações ou seriam vendidas em bloco a uma empresa ou grupo interessado em participar da companhia mineira.

"Mas não existe regra que estabeleça como a decisão deva ser cumprida", diz Chinaglia, segundo o qual, se a CSN se desfizesse dos papéis da Usiminas estaria encerrado o imbróglio. "Será uma questão de encontrar uma alternativa mais eficiente para que a decisão do Cade, se for no sentido [desfavorável ao negócio], venha a ser cumprida", complementa o presidente do órgão antitruste.

fonte: www.conteudoclippingmp.planejamento.gov.br

ipatinga / USIMINAS









TJ tranca ação penal contra Usiminas


A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu nesta terça-feira, 19 de abril, trancar uma ação penal movida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contra a empresa Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) e seus diretores. Os magistrados consideraram que a denúncia apresentada pelo MP foi genérica e não particularizou a participação dos denunciados nos delitos criminais apontados, o que é requisito essencial para o seu prosseguimento.

Segundo o MP, na região de Mateus Leme, a Usiminas teria causado a contaminação de água potável, devido a falha na contenção de minérios. A população local ficou sem água durante alguns dias. Narra ainda a denúncia que a empresa promoveu desmatamento de 80m de mata sem a devida autorização dos órgãos ambientais.

A decisão de trancar a ação penal foi resultado de um habeas corpus impetrado por dirigentes da Usiminas. O julgamento teve início em 27 de março. Na ocasião, o relator, desembargador Antônio Carlos Cruvinel, e o primeiro vogal, desembargador Paulo Cézar Dias, negaram o habeas corpus. O segundo vogal, desembargador Antônio Armando dos Anjos, pediu adiamento.

Nesta terça-feira, o desembargador Antônio Armando, em seu voto, ressaltou que os fatos narrados pelo Ministério Público são graves, contudo as ocorrências delituosas devem ser individualizadas. Para o magistrado, as condutas criminosas foram apresentadas de forma genérica. “A motivação frágil dificulta o direito de ampla defesa”, disse. Antônio Armando dos Anjos argumentou que o Supremo Tribunal Federal tem rejeitado denúncias que não particularizam os crimes.

O desembargador Paulo Cezar Dias se reposicionou em seu voto e acompanhou o entendimento do desembargador Antônio Armando para trancar a ação penal, sem que isso constitua obstáculo para que outra ação seja impetrada pelo Ministério Público. Já o desembargador Antônio Carlos Cruvinel manteve seu posicionamento de que a responsabilidade individualizada vai surgir durante a instrução criminal. Para ele, o fato de a denúncia ser contra o presidente, o vice-presidente e membros do Conselho Administrativo da Usiminas é cabível porque são eles que devem responder pelos atos praticados pela empresa.
TJMG

quinta-feira, 26 de abril de 2012

vale do aço / CENIBRA












Exportações de celulose caem 7,1% em março
As exportações brasileiras de celulose recuaram 7,1% em março de 2012, na comparação com igual mês do ano passado, para 741 mil toneladas, conforme dados divulgados nesta quinta-feira pela Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). No trimestre, houve recuo de 0,6% nas exportações do produto, para 2,166 bilhões de toneladas, ante igual período de 2011.

As importações de celulose recuaram 13,5% em março sobre o mesmo mês de 2011, para 32 mil toneladas. No trimestre, houve recuo de 3% nas importações, para 96 mil toneladas.

A produção de celulose caiu 1,7% em março deste ano ante março de 2011, para 1,198 bilhão de toneladas. No trimestre, a produção caiu 0,7%, para 3,524 bilhões de toneladas. Já as vendas domésticas de celulose cresceram 3,7% no mês passado sobre março de 2011, para 141 mil toneladas; no trimestre, subiram 4,4% ante igual período de 2011, para 403 mil toneladas.

O consumo aparente de celulose cresceu 6,8% em março de 2012, para 489 mil toneladas; no período de janeiro a março deste ano, caiu 1%, para 1,454 bilhão de toneladas.

fonte: http://www.istoedinheiro.com.br

vale do aço / AÇOS PLANOS



Compra e venda de aços planos avançam 10% em março
Apesar de alta mensal, comparativo com mesmo período do ano passado aponta queda de quase 17% nas compras e de 1% nas vendas

De acordo com dados divulgados pelo SINDISIDER (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Produtos Siderúrgicos), as compras de aços planos realizadas pelos distribuidores associados ao INDA (Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço) avançaram, em março, 10,9% quando comparadas ao mês anterior, atingindo o volume de 389,8 mil toneladas. Frente ao mesmo período do ano passado, as compras do produto das usinas siderúrgicas recuaram 16,9% (468,9 mil toneladas).

Quanto às vendas de produtos siderúrgicos, a entidade registra o aumento de 10,4% no mês, passando de 343,6 mil toneladas comercializadas em fevereiro, para 379,3 mil toneladas em março de 2012. Porém, quando comparadas a março do ano passado, as vendas da rede associada também apresentaram recuo, de 0,9%.

Apesar do crescimento na compra e venda de aço pelos distribuidores ante o mês anterior, os estoques de março registraram leva alta de 1% em seus volumes, atingindo o montante de 1016,4 mil toneladas. Quando comparado ao mesmo período do ano anterior (1192,2 mil toneladas), o armazenamento recuou 14,7%. Com isso, o giro dos estoques também caiu, para 2,7 meses.
IMPORTAÇÕES

A importação de aço plano comum, realizada pelo mercado brasileiro, encerrou março com recuo de 3,1% em relação ao mês anterior, atingindo um total de 149,4 mil toneladas contra 154,2 mil toneladas de fevereiro de 2012. Quando comparada a março do ano anterior (134,2 mil toneladas), as importações registraram volumes 11,3% maiores. No acumulado do ano, a compra de aço no mercado externo avançou 18,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

"O setor já sente os efeitos do aumento das importações, com queda de 1,9% nas vendas no acumulado, em comparação com o mesmo período do ano passado. O avanço no balanço mensal, ante fevereiro, era esperado, principalmente em decorrência do maior número de dias úteis, visto que o mês passado recebeu o Carnaval", explica Carlos Loureiro, presidente do SINDISIDER. "Considerando esse cenário, nossas estimativas para abril são de queda, da ordem de 10%, tanto para compra quanto para venda", completa.
SINDISIDER

Entidade legalmente constituída e sem fins lucrativos, o SINDISIDER tem o objetivo de defender os interesses das empresas distribuidoras e revendedoras de produtos siderúrgicos. Além de representar este segmento frente aos órgãos do governo, o sindicato atua, ao lado do INDA – Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço –, no desenvolvimento, fortalecimento e aumento da competitividade de pequenas, médias e grandes empresas distribuidoras e revendedoras de aço no Brasil. O SINDISIDER possui sede em São Paulo e regionais em Belo Horizonte e Porto Alegre.


fonte:http://www.metalica.com.br

vale do aço / VALE








Apesar de resultado decepcionante, Vale diz que usará todo o capex do ano
SÃO PAULO - Apesar do resultado trimestral da Vale(VALE3, VALE5) não ter agradado ao mercado, os diretores da companhia tentam acalmar os investidores ao dizerem que, apesar dos números mais fracos que o estimado pela própria empresa no primeiro trimestre, os planos para o ano estão mantidos.
"Esperamos concluir totalmente o capex (investimentos em bens de capital) no ano", disse Galib Chaim, diretor-executivo de implantação de projetos de capital da mineradora, em teleconferência com analistas. Conforme anunciado em novembro do ano passado, amineradora projeta investir US$ 21,4 bilhões nesse ano.
"Vamos gastar o que anunciamos, provavelmente até mais, porque o cenário que estamos trabalhando foi revisto nesses dias", complementou o diretor-presidente da companhia, Murilo Ferreira. O executivo também disse que, se os investimentos não atingirem 100% do capex, o montante retornaria aos acionistas sob a forma de dividendos, apesar que falar sobre isso seria "muito prematuro", alerta.

vale do aço / TERRAS RARAS











EXPLORAÇÃO DE TERRAS RARAS PODE TER NOVO MARCO REGULATÓRIO


A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática poderá criar uma subcomissão para avaliar a criação de um novo marco regulatório para a exploração dos minérios de terras raras. A sugestão foi apresentada pelo senador Luiz Henrique (PMDB-SC) ao final de audiência pública sobre o tema, realizada ontem.


Luiz Henrique disse que o Brasil dispõe de reservas conhecidas de terras raras, utilizadas para a produção de equipamentos eletrônicos como tablets e telefones celulares.


"Temos as reservas, mas não transformamos as commodities em produtos de alto valor agregado. O domínio de todo o processo de produção, com a mineração, a separação dos materiais e a produção representa um grande desafio para nosso país", afirmou Luiz Henrique.


Na abertura da reunião, o presidente da comissão, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), observou que o Brasil é hoje um grande importador de terras raras. Em sua opinião, porém, o País tem condições de reverter essa situação, uma vez que conta com amplas reservas em estados como Minas Gerais e Amazonas.


Atualmente, a China responde por 97% da produção de minérios de terras raras, como informou na audiência o empresário João Carlos Cavalcanti. Ele disse ter encontrado na Bahia ambiente geológico similar ao de uma grande mina de terras raras localizada na China. O diretor do Centro de Tecnologia Mineral do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, Fernando Lins, afirmou que o Brasil tem potencial para "voltar a ser um ator importante" na pesquisa e produção de terras raras.


Ele lembrou que o País já teve um importante corpo de pesquisadores nessa área e recomendou novo esforço de formação de recursos humanos. Também ressaltou a importância de se olhar para toda a cadeia de produção, para que não se exporte apenas a matéria-prima.


A necessidade de formação de novos técnicos também foi ressaltada pelo chefe do Departamento de Recursos Minerais da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais e Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Francisco Silveira.


Ele informou que existe no Brasil um "cenário geológico muito promissor" para a produção de minérios de terras raras, mas lembrou que muitos técnicos do setor estão se aposentando.


Na década de 1950, o Brasil encontrava-se "no topo do mundo" no que diz respeito à separação dos minerais de terras raras, como afirmou Alair Veras, representante das Indústrias Nucleares do Brasil (INB). No momento, porém, o País -"infelizmente"- não produz os sofisticados equipamentos que utilizam esses minérios, lamentou.

DCI - São Paulo

vale do aço / MINERAÇÃO












Engenheiro mineiro é novo presidente do Ibram



O vice-governador Alberto Pinto Coelho participou, na noite dessa terça-feira (24), em Brasília, do ato de apresentação do novo diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), José Fernando Coura. Natural de Dom Silvério e formado na Escola de Minas de Ouro Preto, parte de seus familiares residem em Ipatinga.

A indicação do engenheiro mineiro para o cargo ocorreu em 20 de março em reunião do Conselho Diretor do instituto. O novo diretor-presidente tem formação complementar em programas de Planejamento Estratégico, Gestão Industrial, Tecnologia e Especialização em Economia Mineral. Ele exerceu o cargo de Secretário de Estado Adjunto de Minas e Energia de Minas Gerais e tem vasta experiência profissional em Minas Gerais e no Pará. Atualmente, exerce ainda a vice-presidência da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG e a presidência do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais – Sindiextra.

Em seu pronunciamento, Alberto Pinto Coelho salientou que a mineração transcende o antigo estereótipo de ser uma indústria meramente extrativista, primária. “Já é tempo de transcender uma visão colonizada que herdamos da pequena história, cheia de preconceitos nacionalistas. É hora de ingressarmos na grande história, na qual a mineração se faz presente como mola propulsora do desenvolvimento nacional. A atividade mineral sustenta o saldo da balança comercial brasileira, respondendo por 30% de suas transações e participando com 5% da formação do Produto Interno Bruto – o nosso PIB”, observou.

De acordo com projeções do Ibram, nos próximos cinco anos o setor mineral receberá investimentos de US$ 68,5 bilhões. José Fernando Coura destacou que o Ibram será protagonista no que diz respeito ao novo marco regulatório mineral brasileiro. “Seremos protagonistas na criação da Agência Nacional de Mineração, com dotação orçamentária própria, presente em todo o território nacional, e com autonomia administrativa. Estamos dispostos a sentar à mesa, dialogar e buscar soluções que posso atender aos municípios, a União, os Estados e a indústria mineral”, afirmou o presidente do Ibram.

Participaram da solenidade os secretários de Estado de Governo, Danilo de Castro, e de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas, Gil Pereira.
fonte:http://www.jornalvaledoaco.com.br

ipatinga / USIMINAS







Usiminas e Codesp iniciam campanha salarial

A primeira reunião de negociação da campanha salarial 2012 dos engenheiros da Usiminas acontece nesta quinta-feira (26/04), na sede da empresa, em Cubatão (SP). A pauta de reivindicações dos engenheiros da siderúrgica contemplou também itens sociais, apesar de serem válidos por dois anos, até abril de 2013. “Os engenheiros, em pesquisa que realizamos, apresentaram alguns problemas relacionados aos itens sociais que não estão sendo cumpridos pela empresa”, explica o presidente da Desibas (Delegacia Sindical da Baixada Santista), Newton Güenaga Filho. Na assembleia que definiu a pauta, no dia 6 de março último, foi aprovada a inclusão dos itens sociais também. A data-base é 1º de maio.

Já os engenheiros da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) aprovaram a pauta de reivindicações em assembleia no dia 30 de março último com 54 itens, que será encaminhada nos próximos dias para a diretoria da empresa. A data-base é 1º de junho.

“Apesar do Acordo Salarial de 2011 não ter sido aplicado ainda pela diretoria da Codesp, por causa de problemas ainda não resolvidos com o Dest (Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais), órgão ligado ao Ministério do Planejamento, estamos nos preparando normalmente para a realização de uma boa campanha salarial este ano no Porto de Santos”, destaca Güenaga.

fonte:http://www.seesp.org.br

quarta-feira, 25 de abril de 2012

vale do aço / VALE










Menor crescimento do PIB chinês não reduzirá demanda por minérios, diz Vale

SÃO PAULO - A Vale (VALE3; VALE5) possui perspectivas de melhora gradual para o crescimento mundial durante o ano de 2012, após a desaceleração ocorrida no último trimestre de 2011. A mineradora destaca que as economias dos EUA e do Japão vêm apresentando desempenho mais positivo, assim como o continente europeu, após a injeção de liquidez pelas autoridades monetárias da região.
A companhia ressalta ainda que, apesar do menor crescimento do PIB chinês no primeiro trimestre, isso não deve implicar em menor demanda pelos insumos oferecidos pela mineradora ao país. Nos três primeiros meses deste ano, o setor imobiliário do gigante asiático esteve mais fraco, os investimentos em infraestrutura estiveram mais moderados e houve queda nos estoques de alguns setores e de exportações devido à fraca demanda europeia.
"No entanto, acreditamos que o pior para o crescimento chinês já tenha acontecido neste primeiro trimestre, e que uma reaceleração gradual da atividade econômica já esteja tomando forma", avaliou a companhia em comunicado. Dentre os fatores apontados pela mineradora está o menor risco político, abrindo espaço para investimentos públicos e para a promoção de reformas.
Crescimento mais fraco na China?
Os índicios de que algumas reformas, como o anúncio da banda mais ampla de flutuação do yuan, já apareceram, assim como o aumento do limite para os fluxos internacionais, ainda que eles sejam tímidos, pontua a mineradora. A política de gradual relaxamento do controle de moeda e crédito e de juros baixos também está sendo posta em prática, o que deve levar a um crescimento mais rápido dos investimentos.
Com isso, a empresa afirma que "as perspectivas de médio prazo para a demanda chinesa por minerais e metais dependem do ritmo e da composição do crescimento econômico" apesar de acreditar que, mesmo com um crescimento mais lento da economia chinesa, a demanda por minérios não será mais fraca. A mineradora estima que, caso haja uma expansão do PIB chinês em 7% ao ano nessa década - representando uma queda de 30% no ritmo de expansão -, o produto real aumentaria em 45%.
A Vale diz não acreditar em uma redução da demanda por minérios no curto prazo na China. Apesar do governo estar comprometido em reequilibrar a demanda com menos investimento e mais consumo, medidas radicais exigiriam mudanças estruturais profundas de política econômica, difíceis de serem implementadas.
Produção de aço se recupera
Enquanto isso, a China se destaca como uma produtora importante de aço, assim como o Japão, que elevou suas produções para mais alto nível desde o início do terremoto em março de 2011. Além disso, os preços do minério estão se recuperando das mínimas do quarto trimestre de 2011, com alta de 27% em relação ao nível de outubro. 
"Após a performance abaixo da esperada nos dois primeiros meses do ano, causada por problemas na produção e logística em conseqüência das fortes chuvas no Brasil, os embarques de minério de ferro da Vale recuperaram-se vigorosamente em março, totalizando 31,7 mil toneladas, das quais 53,4% foram destinadas à China", afirma a companhia.
Ainda segundo a mineradora, o aquecimento do mercado de ferro deve continuar, com o crescimento da demanda puxado pela China e por restrições do lado da oferta, já que não há nenhum grande projeto entrando em operação no curto prazo e as exportações indianas estão em tendência declinante. 
A perspectiva é de crescimento da demanda de aço inoxidável por parte da indústria automobolística e aeroespacial enquanto, do lado da oferta, os projetos continuam a sofrer com altos custos e desafios técnicos. Já a indústria de cobre, que vem sofrendo com restrições na oferta devido a greves e desafios operacionais, apresenta-se bastante aquecida.
Com isso, a companhia segue com os projetos de cobre em Carajás e que será seguido por Salobo II. Eles devem operar com capacidade nominal de 100 mil toneladas métricas por ano cada, e devem iniciar as atividades no segundo trimestre de 2012 e segunda metade de 2013, respectivamente. Com isso, a Vale conclui que, "dado este cenário, continuamos a investir em um amplo portfólio de projetos, diversificado por produto, geografia e driver de demanda".

vale do aço / VALE










Vale fecha o primeiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 6,7 bilhões


SÃO PAULO - A Vale (VALE3, VALE5) comunicou nesta quarta-feira (25) seu resultado para o primeiro trimestre de 2012. O lucro líquido da empresa chegou a R$ 6,72 bilhões, apresentando variação negativa de 40,6% na comparação com o mesmo período de 2011 e queda de 19,6% em relação aos três meses anteriores. O número foi 15,22% inferior às estimativas compiladaspelo Portal InfoMoney.
Já a receita operacional caiu 11% em bases anuais, registrando R$ 20,095 bilhões entre janeiro e março. Na passagem trimestral, a queda foi de 24,5%.
Já o Ebitda (geração operacional de caixa) atingiu R$ 8,8 bilhões, 31,1% inferior ao número obtido no mesmo trimestre do ano anterior. Em relação ao último trimestre, o recuo foi de 34,3%. O número ficou aquém do esperado, tendo sido 24,5% inferior à média das projeções dos analistas consultados pela InfoMoney.
Além desses indicadores, o EBIT (lucro operacional) alcançou R$ 6,89 bilhões, 37,3% inferior aos R$ 10,98 bilhões no período anterior. A margem EBIT (Lucro antes dos juros e impostos/Receita Líquida) ficou em 35,2%, abaixo dos 42,2% do trimestre anterior.

ipatinga / USIMINAS






Queda no lucro leva Usiminas a corte de custos e de pessoal

Siderúrgica, que deve dispensar trabalhadores diretos para reduzir custos, descartou investimento em pelotizadora



Após registrar lucro líquido negativo no primeiro trimestre deste ano, a Usiminas vai intensificar o processo de redução de custos, com enxugamento expressivo no quadro de funcionários e corte de investimentos.

Dos trabalhadores diretos da companhia, as demissões seriam de cerca de 300, de acordo com o sindicato que representa os trabalhadores da siderúrgica, número que pode subir, já que o próprio diretor de finanças da Usiminas, Ronald Seckelmann, reconhece que o os cortes serão majoritariamente nos trabalhadores indiretos.

A empresa descartou o investimento já anunciado em uma pelotizadora, orçada inicialmente em cerca de US$ 1 bilhão, e que seria erguida em Minas .  “A Usiminas se encontra em situação difícil e complexa”, disse ontem o presidente da siderúrgica, Julián Eguren. Neste período, a empresa conseguiu reduzir em 6,5% o custo por tonelada de aço produzida e credita isso a fatores como menor preço dos insumos e menor intensidade de mão de obra.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga (Sindipa), deputado Luiz Carlos Miranda, a empresa neste ano homologou 80 demissões e ainda vai desligar mais 250 trabalhadores diretos. “A empresa, nos últimos quatro anos, teve administrações desastrosas. Esses cortes fazem parte de uma reestruturação”, disse.

Ele explicou que o setor de manutenção da Usiminas, com cerca de 1.600 funcionários, foi transferido nos últimos anos, por estratégia de gestão, para a Usiminas Mecânica, um braço do grupo no setor de bens de capital. A nova administração optou por voltar com esses trabalhadores para a Usiminas, mas desse volume, apenas 1.100 serão aproveitados, 80 foram demitidos, outros 250 ainda serão desligados e a outra parcela tem o futuro incerto. Miranda afirmou que a empresa ainda não comunicou ao sindicato a dimensão do corte dos terceirizados.

O plano de construir uma unidade de pelotização para agregar valor ao minério, também não faz mais parte do planejamento. “Hoje para a Usiminas, pelotizadora não está nos planos, nem com participação (entraria como sócia), nem de nenhuma maneira”, afirmou o presidente Julián Eguren. A previsão era de uma pelotização com capacidade anual de 7,5 milhões de pelotas de minério de ferro ao ano. Procurada, a Usiminas não se posicionou sobre o assunto.


vale do aço / USIMINAS




Usiminas manterá empresas do grupoCompanhia afirma que subsidiárias não serão vendidas, apesar do prejuízo de R$ 37 milhões no primeiro trimestre

Para a surpresa dos analistas do setor siderúrgico que apostavam na alienação de ativos da Usiminas como parte da estratégia para reverter os resultados no vermelho da companhia, as empresas Soluções Usiminas, que atua na distribuição de aço, e Usiminas Mecânica, fabricante de máquinas e equipamentos, continuam sob controle da empresa de Ipatinga, no Vale do Aço mineiro. “Não temos planos de venda da Soluções, mas, sim, um trabalho de fortalecimento da subsidiária”, disse, ontem, o vice-presidente comercial da companhia, Sérgio Leite, durante teleconferência sobre o balanço do primeiro trimestre. A companhia amargou prejuízo de R$ 37 milhões no período, ante lucro de R$ 16 milhões nos três primeiros meses de 2011.


As ações da siderúrgica venceram o dia em queda de 0,34% para os papéis ordinários, cotados a R$ 17,54 às 17h53, no fim do pregão, e de 0,54% das ações preferenciais (R$ 11,30). A Usiminas Mecânica, por sua vez, está na fase final de um trabalho de avaliação de seus negócios pela nova diretoria, que o argentino Julián Eguren comanda há pouco mais de dois meses. Os estudos serão concluídos em 20 dias. “São negócios com retorno interessante, sobre o capital relativamente baixo empregado neles. Eles agregam valor aos produtos da siderurgia”, disse Sérgio Leite.


O plano para recuperação da companhia não ficou claro no encontro com os analistas, que ouviram o presidente destacar algumas medidas, como dar continuidade a um intenso programa de redução de custos e investir pesado no atendimento a clientes para a empresa retomar mercados perdidos para os concorrentes. Outra linha de ação enfatizada por Julián Eguren é o aproveitamento de sinergias com a controladora Ternium, grupo ítalo-argentino, que tem forte presença na América Latina.


Eguren reconheceu a gravidade da situação da companhia. “Depois de algum tempo à frente da Usiminas, hoje podemos comentar com mais conhecimento. A Usiminas está em situação difícil e complexa e os números não negam”, afirmou. O cenário mundial, segundo o executivo, mostra recuperação lenta e limitada, e no Brasil, o quadro se agrava com apreciação cambial, avanço da participação de aço importado e o alto custo da produção.


O aumento de 13% das vendas de janeiro a março ainda não refletiu em crescimento de receita e no lucro, mas as expectativas são favoráveis, de acordo com Ronald Seckelmann, vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da Usiminas. A seu favor, a companhia conseguiu reduzir os custos da tonelada de aço produzida em 6,5% no primeiro trimestre frente os últimos três meses do ano passado.


E com a integração com a Ternium, as exportações da Usiminas cresceram 31% e tendem a melhorar a sua performance em mercados, como a Colômbia, Venezuela e no México. No mercado brasileiro, o vice-presidente comercial, Sérgio Leite, disse que a expectativa é de aumento de 4% a 5% do consumo e de redução das vendas de aço importado.


O presidente da Usiminas ponderou ainda que a empresa não chegou ao ponto de colher os frutos do plano de investimentos. “Os investimentos vão permitir à Usiminas participar dos mercados de produtos de maior valor. Dessa forma, a Usiminas vai se de diferenciar de outros produtores”, argumentou Eguren. A siderúrgica mantém plano de inversões de R$ 2,5 bilhões neste ano.