sexta-feira, 4 de maio de 2012

USIMINAS




Acertar plano de 2012 é prioridade de Paulo Penido na Usiminas
Ajustar o plano estratégico de 2012 é a principal missão do novo presidente do conselho de administração da Usiminas, Paulo Penido Marques, que foi eleito para o cargo no dia 25 de abril, apurou o Valor com uma fonte da empresa.

Penido, que já foi diretor financeiro da empresa por nove anos, voltou à Usiminas indicado pela Nippon Steel e seus parceiros japoneses. Teve o apoio do clube dos empregados (CEU) e do grupo Techint/Ternium, novo acionista controlador. Trabalhou também na concorrente Cia. Siderúrgica Nacional (CSN) por dois anos e na Embraer também na diretoria financeira.

A prioridade no presidente do conselho é acertar o plano deste ano, destacou a fonte. Só depois vai trabalhar o plano estratégico de médio e longo prazo. “Há muita coisa para acertar na siderúrgica, que vem perdendo mercado para concorrentes e material importado e margens de rentabilidade”, observou.

A Usiminas encerrou o primeiro trimestre com prejuízo de R$ 37 milhões e resultado operacional abaixo das expectativas do mercado. A margem Ebitda foi de apenas 6,6%. Se considerar apenas o negócio aço, atingiu 4%.

Durante teleconferência com analistas, Julian Eguren, presidente executivo desde 17 de janeiro, indicado pela Ternium, afirmou: “A empresa está em situação difícil e complexa”.

vale do aço / APERAM








Presidente da Aperam recebe homenagem em sua cidade natal, durante inauguração de museu de Guimarães Rosa



A pequena cidade de Itaguara, a 90km de Belo Horizonte, acaba de inaugurar o Museu Sagarana, que apresenta o acervo do escritor João Guimarães Rosa.
A inauguração do local, erguido em homenagem a um dos maiores nomes da literatura brasileira, foi, também, palco de homenagens aos filhos ilustres do município, que contribuíram para o desenvolvimento econômico, social, cultural, político ou se destacaram no cenário estadual ou nacional.
Entre eles, o presidente da Aperam South America, Clênio Guimarães, que recebeu das mãos do prefeito de Itaguara, Alisson Diego Batista Moraes, a Comenda Sagarana.
Para Clênio, a iniciativa proporcionou um sentimento especial. “É extremamente gratificante voltar à terra-natal e ser recebido com uma homenagem de reconhecimento, em um momento de suma importância para a cultura e a literatura nacional, ao lado de personalidades como a conterrânea Vilma Guimarães Rosa, filha de Guimarães Rosa. Assim como ela, foi aqui que nasci, vivi anos da minha vida e sonhei em um dia me tornar alguém preparado para assumir responsabilidades e superar desafios. Sinto-me orgulhoso por ser desta terra e por levar o seu nome para além destas fronteiras”, comentou.
Memórias de Guimarães
O Museu Sagarana – nome que faz referência a um dos principais livros de Guimarães Rosa - começou a ser idealizado em 2009, pelo próprio município. Parte do acervo foi cedida por Vilma Guimarães Rosa. O espaço terá cinco galerias. Duas delas acondicionarão os registros da passagem de Guimarães Rosa pela região. As demais áreas serão dedicadas a contar a história da cidade e a expor telas de importantes artistas plásticos itaguarenses.

vale do aço / CENIBRA












Cotação da celulose afeta rentabilidade de exportações da Cenibra
Entretanto, não há como a Cenibra mudar a estratégia e direcionar sua produção para o mercado nacional

O preço da celulose no mercado internacional prejudicou a rentabilidade das exportações da Celulose Nipo-Brasileira (Cenibra), instalada em Belo Oriente (Vale do Rio Doce), que destina pelo menos 90% de sua produção ao exterior. Apesar de, em valor, o montante do primeiro trimestre ter caído quase 22%, em volume, houve um aumento de 2,6%.

"A queda aconteceu em função do preço da celulose no mercado mundial. Entretanto, as cotações estão começando a melhorar", justifica o presidente da companhia, Paulo Eduardo Rocha Brant. Segundo ele, não há como a Cenibra mudar a estratégia e direcionar sua produção para o mercado nacional porque não existe demanda suficiente.

Brant explica que grande parte das empresas que produzem papel no Brasil atua de forma integrada, também produzindo sua própria celulose. "Além disso, o consumo per capita de papel no Brasil ainda é pequeno", acrescenta o presidente da Cenibra.

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), a Cenibra é hoje o nono maior exportador de Minas Gerais, com participação de 1,8% nos embarques estaduais do primeiro trimeste. No período, as vendas externas da companhia renderam US$ 144,7 milhões contra US$ 185,1 milhões em iguais meses de 2011, queda de 21,8%.

Por outro lado, a companhia exportou cerca de 308,1 mil toneladas de pasta de celulose durante os três primeiros meses de 2012, um volume 2,6% maior do que o comercializado no mesmo trimestre do ano anterior (300,1 mil toneladas).

Conforme Brant, a diferença está justamente no preço médio da tonelada de celulose. Enquanto no primeiro trimestre de 2011 a tonelada custou em média US$ 654, nos três primeiros meses deste exercício a cotação média foi de US$ 518, 20,8% a menos, quase a mesma queda dos rendimentos das exportações dos dois períodos (21,8%). Porém, a cotação da tonelada do insumo já mostrou recuperação no mês passado, atingindo US$ 545.

Mercado - O mercado consumidor da Cenibra está distribuído de forma que cerca de 40% da produção são comercializados na Europa, seguida por Japão e China, ambos com 20%, e Estados Unidos e Canadá, com 10%. O Brasil fica com outros 10% da celulose produzida pela companhia.

A projeção da companhia, no entanto, é que nos próximos anos as importações chinesas de celulose representarão algo em torno de 20% da demanda mundial. O argumento para construir a previsão é que, na China, o consumo per capita gira em 50 quilos de papel ao ano, o que é pouco comparado à demanda anual por habitante nos Estados Unidos e na Europa, que chega a 250 quilos de papel. Porém, o país asiático possui uma população de mais de 1 bilhão pessoas.

Recentemente, Brant confirmou ao DIÁRIO DO COMÉRCIO que a Cenibra estuda mudar todo o sistema logístico de transporte de madeira em suas operações. A ideia é usar "cavacodutos" para transportar o insumo já fragmentado das áreas de plantio, colheita e corte até as linhas de produção. O projeto é inédito no Brasil e demandaria grandes investimentos.

Atualmente, o transporte da madeira estocada nos pátios distribuídos nas áreas de floresta da Cenibra é feito através de um sistema integrado de logística, no qual os caminhões respondem por 80% do serviço e o restante é feito por uma composição ferroviária.

A capacidade de transporte do "cavacoduto" é grande, uma vez que ele opera continuamente. Segundo especialistas, a construção de dutovias requer elevado investimento inicial e só se justifica quando há grandes volumes a serem movimentados, como é o caso da Cenibra, que opera a plena carga produzindo cerca de 1,2 milhão de toneladas anuais da commodity.

Quando em operação, o custo por tonelada de quilômetro útil (TKU) transportado pelo sistema é substancialmente mais baixo do que em relação a outros modais, em função da baixa depreciação do capital, da eliminação de grandes pátios de estocagem e da baixa interferência das condições topográficas, climáticas e edáficas no processo.


Fonte: Diário do Comércio

vale do aço / VALE





Justiça cancela suspensão de cobrança de tributos devidos à Vale

SÃO PAULO - O STJ (Superior Tribunal de Justiça) cancelou a medida cautelar que suspendia a cobrança de impostos à Vale (VALE3; VALE5), comunicou a empresa nesta quinta-feira (3). Após o STJ acatar o recurso apresentado pela Fazenda Nacional, a mineradora deverá apresentar garantias para o pagamento dos tributos - referente ao lucro de coligadas e subsidiárias da empresa no exterior.

"A apresentação de garantia não representa perda ou derrota judicial. É uma etapa para o início da discussão judicial das cobranças", afirmou a companhia. Trata-se de uma obrigação legal e que pode ser apresentada de várias formas - ativos financeiros, garantias bancárias e ativos reais.

A companhia se compromete a adotar medidas para garantir a defesa. "Seguimos confiantes em nossos argumentos e continuaremos a apresentar os recursos cabíveis até que ocorra o julgamento do mérito da defesa apresentada pela companhia", afirmou a Vale. A última decisão judicial a respeito, a própria medida cautelar, havia sido realizada no dia 14 de março.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

vale do aço / MINERAÇÂO







Entidades defendem criação de fundo para reparar danos causados pela mineração


Movimentos sociais ligados aos direitos humanos e à defesa do meio ambiente, além de sindicalistas e representantes de movimentos comunitários, defenderam nesta quinta-feira a criação de fundos sociais para reparar os danos causados às comunidades pela atividade de mineração. A proposta de criação de fundos foi discutida em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

A ideia é que esses fundos, geridos com por conselhos comunitários, recebam parte das rendas obtidas com a mineração e apliquem esses recursos não apenas na reparação de danos provocados pela atividade como na promoção do desenvolvimento sustentável nos municípios mineradores. Para o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Cláudio Scliar, a ideia do fundo é “interessante” e deverá ser debatida pelo Congresso.

Segundo o professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG) Rodrigo Salles Santos, a proposta é que o Estado ceda parte dos royalties obtidos com a atividade para os fundos sociais. “Os fundos, diferentemente dos royalties, beneficiariam diretamente as populações afetadas”, explicou. “Eles devem servir para diversificar a economia local”, complementou. Santos realizou estudo sobre a criação dos fundos para o Observatório do Pré-Sal e da Indústria Extrativa Mineral, com apoio de outras organizações não governamentais.

De acordo com o professor, deveriam ser beneficiárias desse fundo social todas as comunidades afetadas pela rede produtiva da atividade mineral, que engloba desde a extração à exportação, passando pelo processamento.

Desigualdades sociais
O presidente da comissão, deputado Domingos Dutra (PT-MA), que propôs o debate, disse que é preciso que haja uma repartição da riqueza mineral produzida no Brasil, de forma a diminuir as desigualdades sociais no País. Dutra cita como exemplo o corredor Carajás, que corta 23 municípios no Maranhão e 4 no Pará, por onde são transportadas cerca de 465 milhões de toneladas de minério de ferro para embarque no terminal ferroviário de Carajás, no município de Parauapebas (PA). “Os péssimos indicadores sociais dessa região atestam o desequilíbrio entre os benefícios e os danos da atividade”, diz o deputado.

Dutra criticou a ausência da empresa mineradora Vale do Rio Doce, que foi convidada para participar da audiência e não compareceu.

O secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Cláudio Scliar, afirmou que os indicadores sociais ruins de alguns estados não são fruto apenas da atividade de mineração. “A mineração compõe 3,8% do Produto Interno Bruto brasileiro”, disse. “O Brasil não é um país mineiro; a mineração é importante apenas para alguns estados”, completou.

Na visão de Scliar, um dos problemas do setor mineral hoje é a baixa participação governamental na renda mineral. “Os nossos royalties são muito baixos”, afirmou. Ele também atesta a inexistência de mecanismos que possibilitem políticas de interesse nacional e a fragilidade institucional do órgão regulador do setor, além da utilização de direitos minerários em práticas anticompetitivas, entre outros problemas. Para o representante do ministério, esse quadro é fruto da desatualização do atual Código de Mineração, que é de 1967.

Novo código
Segundo Scliar, a prioridade do ministério é a elaboração do novo código. Entre outros pontos, esse código deverá criar o conselho nacional de política mineral e vai prever contrato de concessão para a atividade, com prazo definido. Além disso, o objetivo é que as empresas façam pagamento ao Estado por ocupação ou retenção de área – ou seja, pagamento também durante a exploração, e não apenas na fase de pesquisa, como é hoje. Pela proposta, será criada ainda a Agência Nacional de Mineração, que vai monitorar, fiscalizar e regular as cadeias produtivas de base mineral.

O representante do Sindicato Metabase de Congonhas (MG), Valério Vieira, acredita que a criação de uma agência reguladora não resolverá os problemas do setor. “A Vale do Rio Doce não paga impostos e não respeita as normas de segurança para os trabalhadores e nem as comunidades”, afirmou. Conforme o sindicalista, 13 trabalhadores já morreram em acidentes dentro da Vale do Rio Doce só este ano. No ano passado, foram 15 acidentes fatais dentro da empresa. Ele destacou ainda os altos impactos ambientais e na saúde das comunidades causados pela atividade de mineração.

Guilherme Zagalo, que representou na audiência a rede social Justiça nos Trilhos , disse que falta ao governo agregar à sua proposta o ponto de vista das comunidades afetadas pela mineração. A intenção da rede social é de que a proposta de fundos sociais seja agregada ao anteprojeto de novo código de mineração. Caso isso não ocorra, a proposta será levada separadamente ao Congresso, na forma de projeto de lei proposto por algum deputado.

Ele destacou ainda que a visão da organização é de que o setor é pouco tributado. “Não são só os royalties que estão baixos, mas também a carga tributária”, destacou. Ele ressaltou ainda que, no atual modelo do setor, não há previsão de nenhum tipo de reparação dos danos para as comunidades por parte das empresas exploradoras da atividade.

fonte: http://www.boainformacao.com.br