terça-feira, 24 de abril de 2012

ipatinga / USIMINAS





Prejuízo da Usiminas decepciona e ações chegam a cair 4% no intraday
SÃO PAULO - Com um resultado trimestral avaliado pelos analistas como decepcionante, as ações da Usiminas (USIM3, USIM5) figuraram entre os principais destaques negativos do Ibovespa nesta terça-feira (24), embora tenham amenizado suas perdas durante a tarde.
Mais cedo, os papéis ordinários chegaram a se desvalorizar 3,81%, quando bateram a mínima do intraday de R$ 16,93. Já as preferenciais recuaram3,61% na mínima intradiária, a R$ 10,95. Entretanto, o ritmo das perdas arrefeceu ao longo doo pregão e os papéis ON e PNA fecharam com quedas de 0,34% (R$ 17,54) e 0,97% (R$ 11,25), respectivamente. 
A siderúrgica reportou um prejuízo de R$ 36,8 milhões no primeiro trimestre, pressionado por um resultado operacional fraco, por provisões de contigências judiciais, perdas cambiais e aumento nas despesas financeiras líquidas, chamou atenção a equipe de análise da XPInvestimentos em relatório.
Mix de produtos piora e preço médio cai
"Desta vez, a piora do mix de produtos vendidos no segmento siderúrgico (maior participação de chapas grossas e placas) aliado ao fraco desempenho da unidade de bens de capital, além, é claro, das maiores despesas operacionais, foram os principais fatores que impactaram os resultados da companhia", escrevem Leonardo Zanfelicio e Karina Freitas, da Concórdia Investimentos.
Os analistas da Concórdia ainda alertam para o fato de que nem o maior volume de vendas na área de mineração contribuiu positivamente, já que o preço sofreu forte queda. "Fica claro o descompasso entre crescimento de produção (+10,8% ante o 4T11) e receita (+2,5), o que evidencia um cenário concorrencial duro para Usiminas, que se viu obrigada a exportar uma quantia maior de sua produção, piorando o mix de vendas e com queda de 3,9% na receita líquida por tonelada vendida", complementa a equipe da XP.
Curto prazo desafiadorDesta forma, os analistas concordam que o cenário para a siderúrgica é desafiador, ao menos no curto prazo. Enquanto a equipe da Concórdia diz que a dificuldade reside na melhora das margens operacionais, os analistas da XP ressaltam que a empresa não é uma produtora integrada e, assim, fica refém das oscilações da matéria-prima, além de enfrentar um mercado altamente competitivo.

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