sexta-feira, 27 de abril de 2012

vale do aço / VALE







Após resultados, Morgan Stanley e Barclays reduzem preço-alvo de ADRs da Vale
SÃO PAULO - Após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre  da Vale (VALE3, VALE5), em que a companhia reportou uma queda de 40,6% no lucro líquido em relação ao ano anterior, o Morgan Stanley e o Barclays reduziram os preços dos ADRs da companhia.
Os analistas do Barclays Leonardo Correa, Pedro Grimaldi e Luiz Fornari diminuíram o preço-alvo dos ADRs (American Depositary Receipts) de US$ 34,00 para US$ 31,00 - uma queda de 9% -, devido às expectativas de redução dos resultados operacionais da companhia no curto prazo.
Entretanto, a companhia seguiu com a recomendação overweight (desempenho acima da média do mercado) para os papéis da companhia. Já o Morgan Stanley reduziu o preço-alvo dos ADRs para US$ 28,40, mas segue também com a recomendação overweight. 
Ebitda mais fraco em 2012 e 2013
Em meio aos fracos resultados observados no período, ao baixo preço de minério de ferro e às pressões de custo, os analistas do banco inglês reduziram também as estimativas para o Ebitda (geração operacional de caixa) de 2012-2013 para US$ 26,9 bilhões - uma queda de 18% - e para US$ 28,2 bilhões, representando uma queda de 3%.
Os analistas do Morgan Stanley, Carlos de Alba, Bruno Montanari e Alfonso Salazar, por sua vez, reduziram as estimativas do Ebitda em 5% para o mesmo período, de modo a refletir a realização dos preços de minério de ferro a níveis mais baixos, após observarem os preços obtidos no primeiro trimestre. 
Além disso, os analistas do Barclays, que antes mostravam otimismo com as realizações do preço do minério de ferro, revisaram o modelo de modo a refletir a alta do frete e os preços mais baixos devido a menor qualidade dos produtos. Correa, Grimaldi e Fornari avaliam, contudo, que se o preço do minério - que está em torno de US$ 150 por tonelada nos meses recentes - se mantiver, o preço de realização do minério pode voltar aos níveis de US$ 120,00 por tonelada. Esse valor é 10% maior do que o obtido no primeiro trimestre.
Correa, Grimaldi e Fornari também avaliam que os programas de estímulo à economia real feitas pelo governo chinês aos fabricantes do país podem ser positivos para a companhia. Isso porque aumentam a disposição deles a pagar pelos minérios exportados pela mineradora.
Fatores para recuperação
Segundo o Barclays, dentre os fatores positivos está o fato de não haver obrigações tributárias, além da licença ambiental concedida no meio do ano em Serra Sul. Entretanto, os analistas permanecem céticos sobre o crescimento da exploração de ferro em Simandou e para o aumento de volume de produção da companhia. Os analistas, contudo, continuam otimistas sobre a sustentabilidade da produção de minério de ferro. 
Já os analistas do Morgan Stanley destacam o projeto de cobre em Salobo, que deve iniciar o ramp-up (tendência de avanço da produção antecipando alta do consumo) no segundo trimestre. "É uma chance de recuperar o volume de exportações de níquel, que decepcionou as estimativas do banco no período", escrevem em relatório.

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